terça-feira, 17 de outubro de 2017

Participação do GEPEFI no EAIC/2017

As bolsistas de iniciação científica do Programa PIBIC, Cristina Schneider Wagner, acadêmica do terceiro ano do curso de Pedagogia e Marina Silveira Bonacazata Santos, do segundo ano de Ciências Biológicas,  bolsistas de iniciação científica e orientandas da Prof.ª Dr.ª Jani Alves da Silva Moreira, do Programa PIBIC, apresentaram os resultados das pesquisas de iniciação científica do XXVI Encontro Anual de Iniciação Científica (EAIC) e VI EAIC-Jr, no dia 16 de outubro de 2010, na Universidade Estadual de Maringá.

A pesquisa de Cristina Schneider Wagner, intitulada "O custo aluno qualidade inicial(CAQi) e sua relação com as políticas para o financiamento da educação básica", teve como objetivo analisar a proposta Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) no contexto atual das políticas para o financiamento e a gestão da educação básica. Em um primeiro momento, compreendeu-se a política para o financiamento da educação básica em vigor e evidenciou a sua relação com o padrão mínimo de qualidade estabelecido nas legislações, tendo como fontes primárias as leis, documentos oficiais e fontes secundárias que apresentam como tema o financiamento da educação. Como resultado, pode-se destacar que entre avanços e retrocessos sobre vinculações, investimentos e efetivações, ficou evidente ações provenientes de um Estado mínimo para a área social e máximo para a economia e o mercado. Trata-se de um tema atual e que possibilitou a ampliação do debate no campo das pesquisas que abordam as políticas para o financiamento da educação.

A pesquisa de Marina Silveira Bonacazata Santos, intitulada "As políticas de financiamento e a gestão da educação básica na relação público e privado: um estudo sobre as Organizações Sociais (OSs)", teve como objetivo a realização de uma análise crítica e documental acerca das políticas que estabelece a relação público e privado nas políticas para educação básica por meio de um estudo sobre o papel das Organizações Sociais (OSs) na educação básica pública. A pesquisa de análise documental e crítica, priorizou uma compreensão histórica e contextualizada do objeto em questão. Tratou-se de um tema atual e ainda pouco discutido nos cursos de licenciaturas, sendo assim, relevante a sua efetivação para ampliar o debate no campo das pesquisas que abordam as políticas para o financiamento da educação.

O GEPEFI se alegra com os resultados das pesquisas desenvolvidas e deseja continuidade de ambas as pesquisadoras nesse processo.

Cristina Schneider Wagner

Marina Silveira Bonacazata Santos
 




sábado, 7 de outubro de 2017

GEPEFI participa da Semana Pedagógica no CEEBJA-Maringá

Nesse ano o GEPEFI participou em três momentos na Semana Pedagógica de formação aos professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos CEEBJA – Maringá. No dia 25/07, conforme já anunciado em nosso blog, os professores Dr.ª Jeinni Kelly Pereira Puziol e  Dr. João Paulo Pereira Coelho palestraram na Semana, com temas específicos e atuais, como a Escola "sem" partido e o Teto dos Gastos em Educação: EC nº 95.
 Nessa semana, em 06/10, o professor Dr. Paulo Rogério de Souza retratou o tema "A formação de professores para a Educação de Jovens e Adultos: histórico, críticas e desafios", proferindo um breve histórico da EJA no Brasil, para em seguida, apresentar algumas críticas sobre a formação de professores no âmbito dessa modalidade de ensino. Por último, destacou os desafios enfrentados pelo professor da EJA, na busca por uma formação consciente e na necessidade de formação contínua.
O GEPEFI agradece o convite da Professora Doutora Silvia Helena Zequim Maia, por proporcionar essa interação e aprendizado necessário aos professores e pesquisadores da área.

Prof. Dr. Paulo Rogério Souza com a Equipe pedagógica do CEEBJA



terça-feira, 5 de setembro de 2017

ATA DA QUARTA REUNIÃO DO GRUPO DE ESTUDOS EM POLÍTICAS EDUCACIONAIS, GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO, REALIZADA NO DIA 07 DE JULHO DE 2017

Às dezoito horas do sétimo dia do mês de julho de dois mil e dezessete, na sala Paulo Freire (13), do bloco H-12, realizou-se a quarta reunião do Grupo de Estudos em Políticas Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação, com a presença dos/as seguintes integrantes: Andressa Garcia de Macedo, Ana Carolina Guimarães, Beatriz Cordeiro Rosa, Carla Cerqueira Romano, Carolina Feliciano Romualdo, Cristina Schneider Wagner, Debora Vidal de Moraes, Jani Alves da Silva Moreira, Lilian Regina Pinheiro, João Paulo Pereira Coelho, Maria Eunice França Volsi, Marina Silveira B. Santos, Natália Gimenes Monteiro, Nadia Maria Biaz, Maria Carolina Miessa, Isabela Carolina de França Martins, Paula Guedes da Silva, Paulo Rogério de Souza, Poliana Ferreira de Oliveira, Raquel Alessandra de Deus Silva, Silvia Alessandra Taluana Paula Bernardinelli, Thamires Ciappina e Vinicius Renan Rigolin de Vicente. A reunião teve os seguintes itens de pauta: 1) Apresentação de novos integrantes do Grupo; 2) Avisos e informação de eventos científicos; e, por fim, 3) Continuidade da Discussão do livro Esquerda e Direita: razões e significados de uma distinção política (1995), de Norberto Bobbio. Sobre o item 1) Apresentação de novos integrantes do Grupo, foram apresentadas novas acadêmicas que integrarão o GEPEFI. Para tanto, elas serão adicionadas nas redes sociais do Grupo para comunicação de avisos ou de atividades. Com relação ao item 3) Discussão do livro Esquerda e Direita: razões e significados de uma distinção política (1995), de Norberto Bobbio, as integrantes Poliana, Raquel e Thamires, bem como o integrante Vinícius conduziram as discussões referentes aos quatro últimos capítulos do livro em questão. Embora a obra pareça ser de fácil entendimento, o autor trata de questões complexas e as relaciona com fatos da realidade política italiana, o que exige considerar aspectos do local e da época em que foi escrita. As questões debatidas no livro são importantes tanto para contexto em que foi escrito (1995), na Itália, quanto para o cenário atual, não apenas brasileiro, mas global. Norberto Bobbio (1909-2004) nasceu em Turim, na Itália, e foi filósofo, escritor e senador vitalício italiano. Abaixo, apresenta-se uma breve síntese realizada pelos discentes que conduziram as discussões. 



DIREITA E ESQUERDA - RAZÕES E SIGNIFICADOS DE UMA DISTINÇÃO POLÍTICA
NORBERTO BOBBIO
5.            OUTROS CRITÉRIOS
Dino Confrancesco propõe a redefinição da direita, por essa ser mais contestada, a alma da direita “nada fora e contra a tradição, tudo na e pela tradição”. O autor entende por “crítica” uma análise avaliativa que direita e esquerda são historicamente relativos. O homem de direita é aquele que se preocupa em salvaguardar a tradição. O homem de esquerda ao contrário é aquele que pretende libertar seus semelhantes das “cadeias” a eles impostos pelos privilégios de raça, casta, classe etc. Por fim, esquerda e direita são lugares do “espaço político”.

6.            IGUALDADE E DESIGUALDADE
O critério utilizado para distinguir a direita da esquerda é a ideia que o homem enquanto ser social têm perante os conceitos de:  igualdade, liberdade e paz. Nos discursos, ao distinguir esquerda de direita, a  esquerda é dita como  mais igualitária e a  direita como  menos igualitária.
O conceito da igualdade é relativo e o autor considera pelo menos três variáveis a se ter em consideração: 1)  Quais os sujeitos entre os quais se trata de repartir os bens e as obrigações;  2) Quais os bens e as obrigações a serem repartidos; 3) Qual o critério com base os quais estes devem ser repartidos.
 As variáveis demonstram a desejabilidade e realizabilidade da idéia de igualdade, levantando assim a questão:  "Igualdade sim, mas entre quem, em relação a quê e com base em que critérios?"
      A doutrina igualitária tende a reduzir as desigualdades sociais e a tomar menos penosas as desigualdades naturais. O igualitarismo é a crença de que todas as pessoas são iguais e devem ser iguais, “apenas o necessário é necessário”.  As  desigualdades naturais existem, podendo ser minimizadas, mas não podendo ser  eliminadas. As desigualdades sociais também existem, pode ser  minimizadas e até mesmo desencorajadas. Os diferentes
status sempre influenciam no tratamento dado por parte dos poderes políticos.  Os igualitários consideram que os homens sejam iguais e  desiguais, mas consideram que a  maior parte das desigualdades são sociais e por isso  elimináveis. Já os inigualitários sabem que os homens são iguais e  desiguais e parte do princípio que a maior parte das  desigualdades são naturais, sendo inelimináveis.
Como exemplo, o autor escreve sobre o movimento feminista como um movimento igualitário que busca o reconhecimento de que as desigualdades entre homens e  mulheres são produtos de costumes, leis, imposições do mais forte sobre o mais fraco e são socialmente modificáveis. A esquerda e a direita têm posições diversificadas sobre o movimento feminista e outros fatores.

7.            LIBERDADE E AUTORIDADE
O ideal de igualdade, em sua supremacia, está ligado ao ideal de liberdade. Neste último há diferentes conceitos que podem ser empregados. Em várias situações, a liberdade e a igualdade podem assumir relações de compatibilidade, de incompatibilidade ou de uma equilibrada combinação entre ambas. Ainda, a expressão “idêntica liberdade” é genérica e ambígua, visto que não existe liberdade em geral, mas liberdades singulares, bem como há uma distinção entre ter todas as liberdades singulares e usufruí-las. 
Essas considerações anteriores são necessárias para a definição de esquerda e de direita, segundo os critérios de igualdade-desigualdade e de liberdade-autoridade. É preciso destacar que, embora se atribua, comumente, a direita como libertária e a esquerda como igualitária, “existiram e ainda existem doutrinas e movimentos libertários tanto à direita quanto à esquerda (BOBBIO, 1995, p. 118)”.
De acordo com os critérios de igualdade e de liberdade, apresenta-se o seguinte esquema, porém, é evidente que na realidade esse se expressa de forma bem mais diversificada.
a) na extrema-esquerda estão os movimentos simultaneamente igualitários e autoritários;
b) no centro-esquerda, doutrinas e movimentos simultaneamente igualitários e libertários;
c) no centro-direita, doutrinas e movimentos simultaneamente libertários e inigualitários;
d) na extrema-direita, doutrinas e movimentos antiliberais e anti-igualitários.

8.            A ESTRELA POLAR
A luta pela igualdade é a grande característica da esquerda, sendo a extinção da propriedade individual um de seus maiores óbices no decorrer de sua história. “[...] A discriminação entre ricos e pobres [...]” (BOBBIO, 1995, p. 123), e a inalienabilidade da propriedade individual seriam os motivos principais da ocorrência de desigualdades e discriminações em nossa sociedade. Bobbio declara ser a favor da esquerda, considerando-se desse partido. Relata acontecimentos vividos na sua infância. Menciona que debate político entre direita e esquerda continua ativo e intenso. A luta pela igualdade nunca pôs em discussão as fontes principais da desigualdade, que são: “[...] a classe, a raça e o sexo [...]” (BOBBIO, 1995, p. 128).

BOBBIO, N. Direita e Esquerda: razões e significados de uma distinção política. São Paulo: Editora da UNESP, 1995.

Nada mais havendo a tratar, a reunião encerrou-se às 20h00min e eu Poliana Ferreira de Oliveira, lavrei essa ata, que segue assinada por todos.


sexta-feira, 4 de agosto de 2017

GEPEFI recebe economista convidado para discussão da Cartilha Temer "Uma ponte para o futuro"

Economista Manoel Alves da Silva junto à mesa com equipe GEPFI
No dia 01 de agosto de 2017, o grupo GEPEFI teve a honra de receber o economista Manoel Alves da Silva, que contribuiu de maneira significativa para as discussões sobre a Cartilha Temer “Travessia Social: Ponte para o Futuro” (PMDB, 2015). As discussões realizadas foram esclarecedoras, uma vez que, torna-se necessário o entendimento da atual conjuntura econômica e política para que assim tenhamos condições de assumir um posicionamento de modo coerente e coesivo.
O economista Manoel Alves da Silva esclareceu dúvidas referentes ao documento e a atual situação da economia brasileira, bem como apresentou os princípios que norteiam o documento citado. A discussão foi muito produtiva, pois esclareceu “como as dívidas e os juros praticados pelo Brasil articulam-se com as suas fragilidades no âmbito produtivo”.
É fundamental a compreensão dos conceitos financeiros que regem a economia e influenciam todo um modo de viver e pensar de uma sociedade, o entendimento desses conceitos que regem a economia brasileira torna-se fundamentais para se pensar em políticas públicas.
Parafraseando uma fala do economista, é necessário manter o foco e acreditar. Não deixemos de defender o que acreditamos, porém não sejamos ortodoxos em acreditar apenas em uma única verdade, é necessário buscar compreender os dois lados da moeda, para se entender o resultado do todo.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Palestra sobre Escola Sem Partido e as metas para a Educação infantil estabelecidas no PNE(2014-2024)

Professorres do GEPEFI palestram no CEEBJA sobre Escola Sem Partido e as metas para a Educação infantil estabelecidas no PNE ( 2014-2024) no contexto da Emenda Constitucional 95, a PEC do teto dos gastos.

Na última terça-feira (25 de Julho), os professores doutores Jeinni Kelly Pereira Puziol (NEAD-UEM) e João Paulo Pereira Coelho (DTP-UEM), ambos do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação (GEPEFI – UEM), palestraram no Curso de Formação de Professores do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos CEEBJA – Maringá, sob o convite da Professora Doutora Silvia Helena Zequim Maia.

Prof.ª Dr.ª Jeinni Kelly Pereira Puziol (NEAD-UEM)
A Professora Jeinni Kelly Pereira Puziol falou sobre A Escola “sem” Partido. Apresentou os dois projetos de lei em tramitação na Câmara e no Senado e promoveu um debate crítico sobre as propostas. Destacou seu caráter inconstitucional, a falácia da neutralidade ideológica, a falta de fundamentação teórica e representatividade, o caráter censor, conservador e reacionário e a presença de uma visão de mundo e educação que não admite nada além de uma moral conservadora tida como verdadeira. A palestra foi muito produtiva, pois os professorxs se sentiram provocados com a discussão, objetivo fundamental do debate - gerar incômodos que nos façam pensar e não apenas reafirmar aquilo que acreditamos. Se não houver movimentação do conhecimento, apenas fazemos o que quer a Escola Sem Partido: reafirmar a moral ideológica hegemonicamente estabelecida.
Prof.º Dr.º João Paulo Pereira Coelho
O professor João Paulo Pereira Coelho abordou as metas para a Educação infantil estabelecidas no PNE ( 2014-2024) no contexto da Emenda Constitucional 95, a PEC do teto dos gastos. As discussões se desenvolveram a partir da apresentação da Emenda Constitucional 95 e o congelamento de investimentos que tal medida impõe à educação, prejudicando, em particular, a Educação Infantil de 0 a 03 anos de idade – que necessita de investimentos elevados para que se alcance as metas estabelecidas no PNE quanto a ampliação de vagas. A palestra foi produtiva no sentido de propor reflexões sobre o protagonismo que os professorxs devem tomar em momentos de perdas de direitos que, com muitas lutas, a população alcançou desde a Constituição de 1988. O envolvimento dos educadorxs no debate demonstrou a importância de se ampliar o diálogo com os professorxs da escola pública em contextos de profundas tensões políticas e sociais, como as vividas na atualidade.


sexta-feira, 14 de julho de 2017

XIV Seminário de Pesquisa do PPE e I Seminário de Integração entre Graduação e Pós-Graduação

          O Grupo GEPEFI nas datas dos dias 12 ao dia 14 de julho estiveram presente no Evento de Extensão XIV Seminário de Pesquisa do PPE & I Seminário de Integração entre Graduação e Pós-Graduação realizado pela Universidade Estadual de Maringá.

Segundo dia do ciclo de palestras, da esquerda para a direita:
 a terceira Prof.ª Dr.ª Jani Alves da Silva Moreira (líder do GEPEFI) e a  décima  a
 Prof.ª Dr.ª Maria Eunice França Volsi (vice-líder do GEPEFI),
com demais  professores e palestrantes do evento

        Dentre as atividades desempenhadas pelos membros da equipe tiveram participações na organização do evento como monitores de sala, apresentações de trabalho,  participações nas palestras. Foram três dias de muita aprendizagem para a equipe com oportunidades de enriquecimento cultural, troca de experiências com outros pesquisadores e de prestígios pelas palestras assistidas.
          As apresentações dos trabalhos expostas pelos autores do grupo GEPEFI  tiveram as seguintes temáticas:

Apresentação da
Poliana Ferreira de Oliveira com tema:
Contexto da Educação Especial no Paraná:
Primeiras Aproximações entre o Público e
o Privado. 

  ü  A política de Financiamento e Gestão da Educação Infantil no Brasil (2006-2016): Um Constante Desafio.
Beatriz Cordeiro Rosa 

ü  Políticas e Recomendações Internacionais para o Perfil de Professores a Partir da Década de 1990.
Carlos Vinícius Ramos

ü  Os Projetos de Lei nº 867/2015 e nº 193/2016 da Escola Sem Partido: Implicações para Uma Política de Moralização na Educação.
Maria Carolina Miesse

ü  Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (pnaic): Uma Análise a   Partir da Teoria Histórico – Cultural.
Erika Ramos Januario

 ü  O Processo de Alfabetização na Educação de Jovens e Adultos, Estudo de Caso de Um Colégio no Município de Maringá/pr.
 Vinicius Renan Rigolin de Vicente

 ü  As Políticas de Financiamento e a Gestão da Educação Básica na Relação Público e Privado: Um Estudo sobre as Organizações Sociais (oss). 
Marina Silveira Bonacazata Santos
Apresentação da integrante Raquel
Alessandra de Deus Silva  com a 
temática: Políticas para a  Formação e
Valorização de Professores no Brasil
(2011 - 2015). 

 ü  As Políticas Educacionais para a Educação de Jovens e Adultos (2014-2018): Um Estudo Preliminar sobre a EJA no Paraná.
Carolina Feliciano Romualdo

 ü  Políticas para a Formação e Valorização de Professores no Brasil (2011-2015): Uma Análise de Vídeos e Propagandas do Site "Seja um Professor (mec)".  Raquel Alessandra de Deus Silva

ü  Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQI) e sua Relação com as Políticas para o Financiamento da Educação Básica.
 Cristina Schneider Wagner

 ü  O Programa Criança Feliz e sua Relação com o Direito à Educação Infantil.
Nadia Maria Qualiobraz 


Apresentação da integrante
Marina Silveira Bonacazata Santos com a 
temática: As Políticas de Financiamento
 e Gestão da Educação Básica na Relação 
Público e Privado: Um 
Estudo sobre as Organizações Sociais (OSS).
 ü  Políticas Públicas e Financiamento no 
Contexto da Educação Especial no Paraná: Primeiras Aproximações entre o Público e o Privado.  Poliana Ferreira de Oliveira

Apresentação da integrante Raquel Alessandra
de Deus Silva.


Apresentação do professor Paulo Rogério de Souza
e o trabalho: O FUNDEB e a PEC nº15/2015: 
Suas Definições para Educação Infantil no Brasil.



Apresentação da Beatriz Cordeiro Rosa
com a temática: A Politica de Financiamento
e a Gestão da Educação Infantil no Brasil (2006 -2016):
Um Constante Desafio.

Apresentação da integrante Cristina
Schneider Wagner com a temática: Custo
Aluno Qualidade Inicial (CAQI) e a sua Relação
com o Direito à Educação Infantil.






quarta-feira, 21 de junho de 2017

ATA DA TERCEIRA REUNIÃO DO GRUPO DE ESTUDOS EM POLÍTICAS EDUCACIONAIS, GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO, REALIZADA NO DIA 05 DE JUNHO DE 2017.

Às dezoito horas do quinto dia do mês de junho de dois mil e dezessete, na sala Paulo Freire (13), do bloco H-12, realizou-se a terceira reunião do Grupo de Estudos em Políticas Educacionais, Gestão e Financiamento da Educação, com a presença dos/as seguintes integrantes: Andressa Garcia de Macedo, Beatriz Cordeiro Rosa, Carla Cerqueira Romano, Carolina Feliciano Romualdo, Cristina Schneider Wagner, Erika Ramos Januario, Jani Alves da Silva Moreira, Jeinni Kelly Pereira Puziol, João Paulo Pereira Coelho, Maria Eunice França Volsi, Marina Silveira B. Santos, Natália Gimenes Monteiro, Paula Guedes da Silva, Paulo Rogério de Souza, Poliana Ferreira de Oliveira, Raquel Alessandra de Deus Silva, Taluana Paula Bernardinelli, Thamires Ciappina e Vinicius Renan Rigolin de Vicente. A reunião teve os seguintes itens de pauta: 1) Apresentação de novos integrantes do Grupo; 2) Avisos e informação de eventos científicos; e, por fim, 3) Discussão do livro Esquerda e Direita: razões e significados de uma distinção política (1995), de Norberto Bobbio. Sobre o item 1) Apresentação de novos integrantes do Grupo, foram apresentadas novas acadêmicas que integrarão o GEPEFI. Para tanto, elas serão adicionadas nas redes sociais do Grupo para comunicação de avisos ou de atividades. No que concerne ao item 2) Avisos e informação de eventos científicos, os discentes Poliana, Raquel e Vinícius relataram a participação no II Seminário Interinstitucional de Pesquisa em Educação da Região Sul – II SIPERS – que ocorreu na cidade de Cascavel-PR. As participantes Beatriz e Carolina submeteram trabalhos referentes à suas pesquisas ao XIII Congresso Nacional de Educação - XIII EDUCERE – que acontecerá de 28 a 31 de agosto de 2017, na cidade de Curitiba-PR. Além disso, a professora Jani alertou aos interessados em participar do V Encontro da Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação – FINEDUCA –, o qual ocorrerá entre os dias 24 e 25 de agosto em Natal-RN, que a data para submissão de trabalhos é até 26 de junho. Ainda, a professora Maria Eunice comunicou a respeito da realização de um Projeto de Ensino que acontece aos sábados de manhã sobre estudos da área de Políticas e Gestão Educacional. Com relação ao item 3) Discussão do livro Esquerda e Direita: razões e significados de uma distinção política (1995), de Norberto Bobbio, as integrantes Poliana, Raquel e Thamires, bem como o integrante Vinícius conduziram as discussões referentes aos quatro primeiros capítulos do livro em questão. Embora a obra pareça ser de fácil entendimento, o autor trata de questões complexas e as relaciona com fatos da realidade política italiana, o que exige considerar aspectos do local e da época em que foi escrita. As questões debatidas no livro são importantes tanto para contexto em que foi escrito (1995), na Itália, quanto para o cenário atual, não apenas brasileiro, mas global. Norberto Bobbio (1909-2004) nasceu em Turim, na Itália, e foi filósofo, escritor e senador vitalício italiano. Abaixo, apresenta-se uma breve síntese realizada pelos discentes que conduziram as discussões.

DIREITA E ESQUERDA - RAZÕES E SIGNIFICADOS DE UMA DISTINÇÃO POLÍTICA
NORBERTO BOBBIO
1.    A DISTINÇÃO CONTESTADA
Direita e esquerda, a partir da Revolução Francesa, serviu para dividir o universo político em duas partes opostas. Sartre é um dos primeiros a dizer que a direita e esquerda são duas caixas vazias. “Esquerda” e “direita” não indicam apenas ideologias, são programas contrapostos em que as ideias, interesses e valores dizem respeito a direção em que a sociedade deve seguir.
Sociedades democráticas toleram, ou melhor, pressupõem a existência de diversos grupos de opinião e de interesse em concorrência entre si, ora integram-se, ora se separa e sempre estão em movimento. O que se colocam em posição intermediaria são chamados de centro ou terceiro incluído, o qual estes não eliminam as diferenças entre a “esquerda” e “direita”. Tanto no caso do predomínio da Direita sobre a Esquerda, quanto no caso contrário, as duas partes continuam a existir simultaneamente e a extrair cada uma delas a própria razão de ser da existência da outra, mesmo quando uma ascende na cena política e a outra desce. Os da “direita” e os da “esquerda” dizem, o fim das contas, as mesmas coisas, formulam, para o uso e o consumo de seus eleitores, mais ou menos os mesmos programas e propõem-se os mesmos fins imediatos.

2.    EXTREMISTAS E MODERADOS
O autor escreve em um contexto de campanha eleitoral na Itália, no momento em que a esquerda e a direita vêm se estabilizando enquanto ideologias distintas desde a Revolução Francesa. No segundo capítulo, o autor focaliza a discussão na transmigração que alguns autores fazem entre as ideologias esquerda e direita. Como exemplo Nietzsche que é entendido como pai da esquerda juntamente com Marx e Carl Schmitt, foi homenageado pela esquerda, mas por um tempo foi teórico do Estado nazista. A ambigüidade nas interpretações, as crises de ideologias e “confusionismo” doutrinário não é algo novo na história.
A revolução, a contrarrevolução e o que seus movimentos têm em comum não dependem do alinhamento “esquerda” e “direita”, o que têm em comum é a radicalização e estratégias da díade extremismo-moderantismo. Os extremos se tocam, contendo um ponto de convergência, ainda que permaneçam objetivos diferentes.
O moderantismo é gradualista e revolucionário e entende a história como um desenvolvimento. O extremismo é catastrófico e entende a história por rupturas e saltos qualitativos. Entre as concepções, não existe uma mais verdadeira que a outra, precisam ser compreendidas como historicamente condicionadas, pelos seus métodos, e fins.

3.    A DÍADE SOBREVIVE
Embora a díade seja muito contestada, as expressões “direita” e “esquerda” são plenamente usadas na linguagem política, tanto entre partidos políticos, como no interior dos próprios partidos. A forma de representar as relações do universo político é a de dicotomia ou de díade, visto que o meio político é constituído por relações de antagonismos e caracterizado pelo processo de bipolarização, ou seja, pela existência de apenas dois polos opostos. 
O nome que recebe a díade “direita” e “esquerda” remonta a Revolução Francesa, devido a uma metáfora espacial, e a sua designação poderia ser distinta. No entanto, apesar da possibilidade de mudança na denominação, “[...] a estrutura essencial e originalmente dicotômica do universo político permanece” (BOBBIO, 1995, p. 67). Ademais, a díade “direita” e “esquerda” também pode confluir com uma metáfora temporal, a qual possibilita diferenciar os inovadores dos conservadores, os progressistas dos tradicionalistas.
“Direita” e “esquerda” possuem dois significados: um descritivo e outro avaliativo. O primeiro permite que nunca sejam atribuídos significados totalmente contrários a uma mesma palavra.  O significado avaliativo, por sua vez, consiste em uma conotação axiológica. Na extrema oposição entre a díade, para que a esquerda se torne positiva, por exemplo, é necessário que a direita seja negativa. Saber qual dos termos é positivo ou negativo refere-se a uma avaliação a partir de juízos de valor.

4.    EM BUSCA DE UM CRITÉRIO DE DISTINÇÃO
Desde que a Direita e Esquerda continuam a ser usadas para designar diferenças no pensar e no agir políticos, qual a razão ou razões para a distinção?
No Livro de Laponce (1981) o autor sugere duas metáforas espaciais para linguagem política: ordenação vertical, alto-baixo; da ordenação horizontal, direita-esquerda. A vertical é forte, enquanto a horizontal nascida da Revolução Francesa é fraca. Durante a Revolução Francesa surgiu a concepção “direita” e “esquerda”, que estão contrapostas em todas as épocas. Assim como vertical e horizontal independem uma da outra, elas demonstram a relação governantes-governados.
As duas metáforas têm funções representativas, não há eliminação de uma para com a outra. São a díade no sistema de eleição e na democracia. Uma representa o lado positivo e o outro traz imagem negativa sempre, inclusive com analogias religiosas.
A direita e esquerda diante de algumas sondagens atuais está entre o sacro e o profano. A religião se posiciona a direita e o Ateísmo à esquerda. Ao final do livro há um embate entre política e religião, no qual o triunfo final está com a religião.

BOBBIO, N. Direita e Esquerda: razões e significados de uma distinção política. São Paulo: Editora da UNESP, 1995.


No próximo encontro, dia 07 de julho, serão discutidos os próximos capítulos da obra de Bobbio. Nada mais havendo a tratar, a reunião encerrou-se às 20h40min e eu, Raquel Alessandra de Deus Silva, lavrei essa ata, que segue assinada por todos.